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16 de junho de 2015

Promise me this is forever


Uma promessa e um beijo, foi o suficiente pra selar meu coração, pra blindar a minha alma, pra me fazer única e inteiramente sua. Eu prometi inúmeras coisas que seriam fáceis de se cumprir enquanto  estivéssemos juntos, mas separados... eu quebrei uma por uma. E mesmo depois do fim, continuo aqui, ainda em mim permanece a certeza de um amor que na teoria duraria pra sempre. Pena que na prática a experiência foi um tanto quanto diferente, agora os dois corações selados seguem caminhos separados.

Todos os dias um novo desafio, seguir em frente. Meses depois, anos depois se colocados num todo, cada dia que se passa a rotina que cai sobre mim, a inércia de tentar me convencer de que você se foi, de que eu preciso te esquecer, de que eu posso ser feliz sem você, de que estamos libertos de nossas promessas. Mas sou um fracasso no quesito superação.

Ela gostava de olhar as estrelas e ele a fez tocar o céu no instante em que segurou sua mão. Ela cruzava a cidade de bicicleta e ele de carro fazia ela cruzar o horizonte. Ela chegou na cidade de mudança e ele nascido e criado queria um rumo pra seguir. Dois seres completamente opostos que tinham só uma coisa em comum, os dois procuram um motivo pra ficar.

Hoje não existe nada que me impeça de ir embora, de apagar meus erros, deixar tudo pra trás e viver insanamente, do mesmo jeito que tenho feito, mas dessa vez, longe de você. Porque quando te encontro no meio da noite, completamente fora de mim, basta um olhar seu pra eu me por no meu lugar, pra eu me julgar e me arrepender de ser tão inconsequente, de perceber que estou me destruindo e de desejar sem pensar duas vezes o quanto só você poderia me salvar.

Envergonhada, não consegui te encarar por mais de 3 segundos, virei as costas pra refazer meu caminho e ouvi você falar baixinho. Eu respirei fundo, deixei as palavras fazerem sentido na minha cabeça enquanto respondia com frieza:

"Você quebrou a sua promessa"
- E você, o meu coração.


5 de fevereiro de 2015

To deixando ir...

O que for meu, volta.

Hoje eu acordei e senti necessidade de você, tem sido assim todos os dias por muito tempo. E de repente eu era sua, eu te encontrei na rua, você segurou meu braço e disse que precisávamos conversar. Eu sempre tive medo disso, de precisar conversar, de precisar encarar você, de me sentir vulnerável sob seu olhar, sentia medo de que o meu sentimento por você me destruísse. Era sábado, tinha uma festa na praça, era sempre uma loucura, muita gente, cheiro de juventude misturado com vodka e batom e era óbvio que você estaria lá, a cidade é pequena e eu confesso que sempre fiz acontecer, participei de todos os eventos durante o ano todo só pra ver você, era coisa de psicopata, assistia sua vida como num filme. 
Nós entramos numa rua mais calma, fomos para um lado da praça que estava em reformava, a gente caminhou em silencio e dava pra ouvir a música e as conversas se distanciando. Paramos perto de um carro, era o seu carro, até parecia combinado. Não dava pra ver ninguém, a praça estava toda interditada com madeirite, eu subi na guia, você encostou no carro, eu te olhava por entre uma mecha ondulada do meu cabelo que eu passei horas ajeitando. Você subiu o olhar do celular, passou pela minha boca e encontrou os meus olhos e então disse, "Eu sinto sua falta". Céus, era tudo o que eu precisava ouvir, mas você tinha errado demais pra querer voltar atrás. Eu ia te esquecer, era só você ir e esquecer o caminho, você tinha sido uma pessoa terrível, egoísta e que eu sempre me questionava se você tinha coração. Mas quando você começou a namorar eu sorri, porque achei que enfim, você não era um completo insensível, parabéns, ame alguém mesmo que não for eu, mas ame.
Eu dei dois passos para trás, não sei dizer se foi espanto, mas algo fez eu me afastar e me chocar levemente contra a madeira. Em seguida você chegou bem perto, minha respiração estava trêmula, você segurou minha mão bem firme pra eu não me afastar mais, eu só pensava em tudo o que estava guardado pra te dizer, mas eu não podia estragar aquele momento e mesmo assim, segurar a minha mão foi tão conveniente que quando nos tocamos tudo por dentro se acendeu como uma árvore de natal e no fundo tinha uma música marcante que se repetia "I know how I want to take me home". Tão puro foi aquele momento que eu rezava baixinho para que nossos lábios fizessem o mesmo que nossas mãos, então você me beijou e eu agradeci aos anjos enquanto colhia o fruto de minhas preces.